Trilho promoveu ação de sensibilização “Falar de Substâncias para quê?”

Unidade de Apoio a Toxicodependentes da Misericórdia de S. João da Madeira

O Trilho – Santa Casa da Misericórdia de S. João da Madeira, com o apoio da Câmara Municipal de S. João da Madeira, dinamizou uma ação de sensibilização para agentes associativos, integrada no projeto de reinserção socioprofissional de cidadãos consumidores de substâncias lícitas e ilícitas “Trapézio com Rede II”.

Intitulada “Falar de substâncias, para quê?”, esta ação destinou-se a formadores, treinadores, seccionistas e outros agentes associativos que intervêm, direta ou indiretamente, com jovens, no sentido de harmonizar conhecimentos sobre a deteção precoce do consumo de substâncias psicoativas, as metodologias de intervenção e potenciar as suas competências de comunicação e coaching.

De acordo com informação disponibilizada pelo Trilho, “os agentes associativos são elemento-chave na prevenção do fenómeno do consumo de substâncias”, pois “têm a possibilidade de identificar e discutir o problema, encaminhando para os serviços competentes”, podendo “estabelecer prioridades quanto à resolução de outros problemas associados e procurar soluções adequadas”.

Esta ação de sensibilização decorreu na segunda quinzena de março, na Torre da Oliva, onde foram abordados os seguintes temas: estratégias de comunicação e coaching, pela Coach, Marisa Alves; atitude face aos consumos/mitos e factos e sinais de alarme/estratégias de resolução de problemas dinamizada, pela equipa técnica do Trilho/Trapézio com Rede II. Participaram nesta ação 13 associações/entidades/agrupamentos/secções desportivas, no total de 26 elementos.

De acordo com os responsáveis pela ação, “a abordagem desta temática surge com especial importância”, tendo em conta “a relação privilegiada que estes participantes mantêm com os jovens”, assim como “o mais recente relatório do Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e Dependências (SICAD)”.

Esse documento revela que “(…) a cannabis foi a substância ilícita que registou as maiores prevalências de consumo (10% ao longo da vida, 5% nos últimos 12 meses e 4% nos últimos 30 dias), muito próximas às de qualquer droga, sendo bastante inferiores as prevalências de consumo de outras substâncias, seja na população total (15-74 anos), seja na população jovem e jovem adulta (15-34 anos)”.

Estes dados confirmam o que “a equipa técnica do Trilho tem vindo a constatar nos últimos anos, havendo um aumento do número de novos atendimentos a jovens entre os 12 e os 24 anos associados aos consumos de substâncias psicoativas”. Saí que a prevenção da desinserção seja “um objetivo a manter”, no sentido de “disseminar estas ações de sensibilização às entidades associativas que não tiveram oportunidade de participarem”.