Câmara lança ofensiva contra o plástico e investe na redução de resíduos

Indicadores ambientais melhoraram em 2018, mas autarquia de S. João da Madeira quer ir mais longe.

Com o apoio financeiro do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), a Câmara Municipal de S. João da Madeira vai lançar este ano diversas medidas inovadoras na área ambiental.

A atribuição de 1600 ecopontos domésticos (cada um constituído por três recipientes de deposição seletiva de resíduos) e a redução de plásticos de utilização única ou descartáveis nos equipamentos e eventos municipais são duas das decisões que serão colocadas em prática ainda este ano em S. João da Madeira.

Redução do Uso do Plástico

De agora em diante, todos os eventos organizados pela Câmara Municipal de S. João da Madeira serão considerados "eco-eventos", em que serão eliminados os utensílios de plástico de utilização única ou descartáveis, tais como os pratos, talheres, palhinhas, entre outros, chegando mesmo à proibição do uso de garrafas de plástico, com uma única excepção para as máquinas automáticas. A autarquia sanjoanense vai, ainda, adoptar bebedouros com copos biodegradáveis, produzidos a partir da cana de açúcar, para colocar em todos os edifícios camarários da cidade.

Papel reciclado

Também no âmbito deste importante pacote de medidas de promoção de boas práticas ambientais, a Câmara de S. João da Madeira passa a usar apenas papel reciclado, o que já se encontra em aplicação por despacho do Presidente da autarquia, Jorge Vultos Sequeira, datado de 29 de janeiro, com efeitos imediatos.

Aí se determina que o serviço de aprovisionamento do Município “apenas proceda à aquisição de papel de fotocópia e impressão reciclado”, sendo que o papel branco só será utilizado até se esgotar o “stock” existente. Complementarmente, a autarquia assume o objetivo de reduzir em 25% o uso desses consumíveis.

Mudança de paradigma

Como realça o autarca, com a aplicação destas medidas ambientais, este ano ficará marcado por uma “grande mudança de paradigma” no combate à produção de resíduos na cidade, o que passará igualmente pela concretização de um programa-piloto para testar a aplicação de um sistema poluidor-pagador, que permitirá que quem produz menos lixo pague também menos pelo serviço.

O objetivo é melhorar ainda mais os resultados conseguidos em 2018 em matéria de resíduos, que se traduziram numa redução de 2,29% da produção de resíduos urbanos indiferenciados na cidade, com uma média anual por habitante de 446 quilogramas, ainda assim um rácio melhor do que acontece a nível nacional (484 kg/habitante).


2 de fevereiro de 2019

ambiente