Recolha de Agulhas Usadas em S. João da Madeira

Projeto-piloto abrange resíduos resultantes da administração de insulina e de outros tratamentos, evitando que acabem depositados no lixo doméstico.

Foi lançado, nesta terça-feira, o projeto-piloto do Município de S. João da Madeira para recolha de lancetas usadas na administração de insulina e controlo da diabetes, assim como de outros tratamentos. O objetivo é dar um destino ambientalmente responsável e em condições de segurança a esses utensílios corto-perfurantes – designadamente agulhas e seringas –, evitando que acabem colocados no lixo doméstico.

Assim, a autarquia sanjoanense passa a disponibilizar de imediato e gratuitamente pequenos contentores preparados para acondicionar devidamente esse tipo de resíduos, sendo o projeto dirigido a doentes crónicos e outros, que estejam sujeitos a tratamentos pontuais que se enquadrem neste âmbito.

O levantamento destes contentores é feito no piso zero do edifício da Câmara, onde será entregue também um folheto informativo com indicações de uso, devendo esse recipiente ser devolvido pelos utentes no mesmo local depois de cheio. Esses resíduos serão depois enviados para incineração, por parte da empresa Ambimed, empresa que se dedica à Gestão Integrada de Resíduos Hospitalares e que é parceira do município de na implementação desta solução, inovadora a nível municipal.

Neste momento, já estão disponíveis 140 contentores para recolha de lancetas, número estimado para fazer face às necessidades do concelho de S. João da Madeira pelo período de aproximadamente um ano, com base em dados fornecidos pelo Centro de Saúde local.

Esse será um dos pontos de divulgação deste programa, assim como as farmácias da cidade, cujos responsáveis estiveram presentes na sessão de lançamento que decorreu nesta terça-feira na Câmara Municipal, associando-se à iniciativa, que teve origem numa questão suscitada por uma munícipe, que se confrontava com a inexistência de solução para uma deposição diferenciada destes resíduos.

Nesta mesma terça-feira, a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alertavam, em comunicado, que, no nosso país, “milhões de lancetas, tiras reativas e agulhas” acabam por ser lançadas “todos os dias no lixo doméstico porque não é feita uma recolha segura das mesmas”.

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