Espetáculo para as crianças das escolas básicas da cidade, onde aprendem mandarim a partir do 3.º ano.

O Instituto Confúcio da Universidade de Aveiro, em parceria com a Câmara Municipal de S. João da Madeira, trouxe à nossa cidade o espetáculo “Zheng He – Quando os navios-dragão chegaram”, inserido na programação congresso internacional “Diálogos Interculturais Portugal-China”.

Assim, no dia 15 de fevereiro, as fantásticas viagens de Zheng He passaram pela Casa da Criatividade, onde crianças das escolas do ensino básico e da Cerci S. de João da Madeira acompanharam a encenação das aventuras que esse explorador chinês viveu na Arábia, África e Tailândia (Sião), 100 anos antes de Cristóvão Colombo partir na viagem que o levou à descoberta da América.

Essas histórias fascinantes foram contadas ao jovem público de uma forma inovadora, conjugando marionetas, vídeo, animação e música. O espetáculo gira em torno da figura de Zheng He e do seu contacto com nativos das diferentes partes do mundo por onde passou. Cada episódio foi “contado por uma personagem diferente, numa sucessão de cenas que representam os temas principais das suas viagens”, como se podia ler na promoção da peça, produzida, encenada e representada por Karin Schäfer, diretora do Festival de Teatro Visual “PannOpticum”, na Áustria.
 
Respeitar e valorizar a diversidade cultural
 
Ao longo do espetáculo, as crianças seguiram cenas bem-humoradas, recriando os contactos de Zheng He com um sábio árabe, com um pescador africano e com uma mulher de negócios de Sião. Todos eles contam as suas histórias na sua própria língua, mas acabam por encontrar formas de se entenderem mutuamente.

Da mesma forma, as crianças no público – ajudadas pelos gestos, imagens e sons que partiam do palco – não se intimidaram com as “palavras estranhas” e seguiram o espetáculo com manifesto interesse e entusiasmo, reconhecendo – e até repetindo – algumas expressões que já aprenderam nas suas aulas de mandarim nas escolas de S. João da Madeira.

Importante na ligação e compreensão das diferentes cenas foi também a participação de uma estudante sanjoanense na Universidade de Aveiro, que complementou em português a narrativa em inglês da própria Karin Schäfer. Os alunos tiveram assim a oportunidade de se familiarizarem com diferentes aspetos da cultura e história da China, sensibilizando-os para o respeito e valorização das diferenças culturais entre os povos e reforçando conhecimentos que obtêm nas suas aulas de mandarim.