CASTANHEIRO

Castanea sativa Miller 

FAGACEÆ

 

Estatuto de conservação (IUCN)

 

DESCRIÇÃO

Árvore de folha caduca que pode atingir cerca de 30 metros de altura. Com floração a ocorrer entre os meses de Maio a Julho.

O tronco robusto exibe inicialmente uma casca lisa e acinzentada (ou parda) que, com a idade, passará a castanho-escuro. As folhas são oblongo-lanceoladas, agudas e amplamente serrado-dentadas ou serradas. São de um tom verde-acinzentado enquanto jovens. As flores masculinas e femininas estão dispostas em cachos compridos e de tom amarelo. Os frutos, aquénios brilhantes e de tom castanho-avermelhado, encontram-se encerrados num invólucro espinhoso que abre na maturação.

 

ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO

Presumivelmente com origem na região dos Balcãs, o Castanheiro encontra-se distribuído pelo Centro e Oeste da Europa. Estando presente por todo o Portugal Continental.

 

HABITAT

Surge em bosques ou isolados em regiões montanhosas, em locais frescos e com solos bem drenados e preferencialmente ácidos.

 

CURIOSIDADES

A sua madeira é de boa qualidade, sendo empregue em diversos usos. A casca é frequentemente usada para tingir couro. Em tiras, é usada para cestaria. Os seus frutos constituíram, em tempos, uma das principais fontes e hidratos de carbono na dieta alimentar. Sendo referido em antigos documentos que, na Pérsia, os filhos dos nobres eram alimentados com castanhas para promover o crescimento. Deles é possível extrair açúcar e álcool. Ainda, com os frutos produz-se uma bebida como substituto do café, farinha e óleo. As folhas e a casca de castanheiro são uma boa fonte de taninos que exercem ação adstringente e possuem propriedades anti-inflamatórias, expetorantes e tónicas. As folhas podem, ainda, ser usadas no tratamento a doença reumática, para aliviar dores de costas e musculares. Com elas, se faziam enchimentos para colchões.