Chapéu de Feltro é uma das 7 Maravilhas da Cultura Popular no distrito de Aveiro

Produto vai agora a votos por parte do público em geral, que escolherá os finalistas nacionais. A 21 de junho, serão divulgados os telefones para onde ligar.

Já são conhecidos os finalistas regionais do concurso das 7 Maravilhas de Portugal 2020, dedicado à Cultura Popular. O Chapéu de Feltro, cuja candidatura foi apresentada pela Câmara Municipal de S. João da Madeira, através da sua Unidade de Turismo, é um dos sete finalistas no distrito de Aveiro. Os apurados foram conhecidos neste domingo, 7 de junho, numa emissão televisiva especial na RTP1.

Ao todo estavam em análise 471 nomeados, selecionados por um conselho científico entre as mais de 500 candidaturas recebidas pela organização das 7 Maravilhas de Portugal. Daí saiu um total de 140 finalistas regionais, que vão participar nas respetivas eliminatórias regionais, distribuídas por cada um dos 18 distritos e 2 regiões autónomas do país.

Na região de Aveiro, o Chapéu de Feltro é um dos 7 escolhidos para esta fase, em que será o público em geral a escolher os vencedores, através do telefone, cujo número será divulgado pela RTP no dia 21 de junho. Desde já, o Município de S. João da Madeira apela a uma participação generalizada nessa escolha e ao voto dos portugueses, lembrando que, no fundo, este produto faz parte da história de todas as famílias do país, atravessando atualmente um período de ressurgimento, como proteção face aos elementos naturais e como adereço de moda.

S. João da Madeira é, atualmente, o único centro de produção de chapéus de feltro em Portugal. Com origem em pequenas oficinas artesanais, a produção de chapéus de feltro sofreu um processo de industrialização, que conduziu à introdução de processos mecânicos, não deixando de preservar conhecimentos e processos artesanais que dão destaque ao toque e ao trabalho manual, fundamentais para a qualidade de fabrico dos chapéus de feltro. 

Com a concentração da produção chapeleira em poucos lugares do mundo, as fábricas de S. João da Madeira conjugam, hoje, a preservação de técnicas tradicionais com o desenvolvimento interno de tecnologias inovadoras. Deste modo, para além da importância histórica da indústria de chapelaria para o desenvolvimento do concelho, esta é uma atividade que continua viva e dinâmica, com um número de chapeleiros que tem voltado paulatinamente a crescer, assegurando a continuidade da sua transmissão. 


7 de junho de 2020

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