“Trabalho Capital” incorpora espólio da própria metalúrgica Oliva. “Extravaganza” percorre a história da arte bruta.

Foi um Centro de Arte Oliva com andaimes montados, materiais de obra pelo chão e ferramentas espalhadas que recebeu a Secretária de Estado da Cultura, neste sábado à tarde. Um cenário surpreendente que não deixou ninguém indiferente, entre todos quantos acompanharam Ângela Ferreira nesta pré-inauguração das novas exposições, com sessão de abertura ao público marcada para esta noite às 21h30.

Essa imagem de espaço em obras é uma marca muito impressiva da exposição “Trabalho Capital - Ensaio sobre gestos e fragmentos”, comissariado por Paulo Mendes, a partir da extraordinária coleção de arte contemporânea “Norlinda e José Lima”, em diálogo com obras de artistas portugueses que não integram esse acervo e com o espólio histórico-industrial da antiga fábrica Oliva, ícone de S. João da Madeira, em cujas instalações requalificadas funciona atualmente este espaço de excelência dedicado à arte.

Também nessas instalações municipais, a Secretária de Estado teve a oportunidade de conhecer outra das exposições com inauguração marcada para a noite deste sábado: “Extravaganza”, com curadoria de Antonia Gaeta e com base em obras da Coleção “Treger/Saint Silvestre”, um dos acervos privados de arte bruta e marginal de maior relevância a nível internacional.

Antes da visita guiada às duas exposições, na qual foi acompanhada pelo Presidente da Câmara e vereadores, assim como pela diretora do Centro de Arte Oliva, a Secretária de Estado da Cultura saudou o Município e os colecionadores por estarem a “disponibilizar acesso à arte” ao público em geral, lembrando que “cultura é sinónimo de competitividade dos territórios e de coesão territorial”.

No final, houve ainda a oportunidade de passar também pela exposição itinerante “Contra a Abstração”, da Culturgest, que também pode ser vista no Centro de Arte Oliva, onde se manterá até ao início de junho.